27 dezembro, 2005

Queria escrever. Juro que tentei, mas a agonia foi maior. Ano que vem... Até lá!

19 dezembro, 2005

19 de dezembro

Quero dançar como se ninguém pudesse ver. Quero sorrisos largos, indescritíveis. Quero o sabor das comidas, o gosto do beijo, o cheiro das flores. Quero poder acordar cedo, acordar tarde. Quero o riso dos meus sobrinhos, o abraço do meu irmão, o colo do meu pai, a oração da minha irmã, a lembrança da minha mãe e poder dela sentir muita saudade . Quero a docilidade da minha cunhada. Quero os meu amigos próximos cada vez mais próximos. Quero a palavra certa, livre. Quero minha lucidez, minha loucura, meu pranto, meu canto. Quero ouvir música, barulho de rio, canto de pássaros, latido de cachorro. Quero amar, ser amado, sentir paixão, estar enamorado. Quero nadar pelado, tomar banho de chuva, tomar sol, nadar no mar. Quero conversas que me arrebatem, filmes que me emocionem, conversas que me façam rir. Quero a garganta sem nós, as costas sem nódulos, os rins sem pedras, o estômago sem feridas. Quero lágrima nos olhos, sorriso nos lábios, riso no corpo. Quero fogo e água e terra e ar. Quero doce de leite, purê de batata, pizza, veuve clicquot, fim de tarde com meus amigos. Quero amanhecer o dia com a Rak, dormir na casa da Paul, ouvir histórias antigas, recontá-las. Quero o Shwprys sempre e para sempre feliz e muito , muito perto. Quero reveillon em família, sozinho, acompanhado, de um, de dois, de cem. Quero um carro melhor, uma casa com jardim, cachorros por todo canto. Quero ter filhos, buscá-los na escola, contar estórias e histórias na hora de dormir, dar mamadeira, vê-los pintar o rosto de coelhinho na páscoa, dar beijo no machucado, chorar quando eles se forem. Amar os netos e fazer tudo de novo. Quero poder ter tristeza sem culpa, sem medo. Quero nadar, voar, andar, ouvir, ver, saborear, tocar, sentir. Quero cidades novas, cidades velhas, outros rostos. Quero shows com a Roberta, Brownie com ela também. Quero poder ser, viver, envelhecer. Ser todo dia e de novo e sempre e mais uma vez, porque o que realmente importa no dia do nosso aniversário é poder sonhar, estar, movimentar. Quero a presença de Deus, saber que Ele me ama, sentir o Seu amor. Quero uma vida doce, digna, honesta. Quero meus amigos para falarem de mim quando eu já não estiver aqui. Quero o Tavinho sempre. Quero asas. Quero chão.

18 dezembro, 2005

Felizmente, Feliz!

14 dezembro, 2005

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros." Clarice Lispector

12 dezembro, 2005

Reveillon no RIO!!!!!!!!
Agora sim está tudo certo.

09 dezembro, 2005

"Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo..." Guimarães Rosa
Não vivo há espera de milagres, entretando não os evito. Se vierem, que sejam bem-vindos.
Nessa última semana um filme, antigo, meu, doce, passou pela minha memória, reativando, mais uma vez, o universo de tantas possibilidades. Nas não-escolhas há, sim, um eterno "e se..." Mas agarro a minha vida como se fosse esta, atual, presente, irremediável.
Lendo Pessoa me deparo comigo no trem que me leva a uma rua estreita e distante, para depois me levar novamente até aquele outro. Eu - outro. Traço constante nesta quase minha vida. Quando era pequeno, lembrei, raro era o dia que não queriam me bater na escola. Geralmente saía escoltado pela minha mãe ou pai que nunca entediam o motivo de tanto ódio. Nem Eu. Tinha muitos amigos, sobretudo amigas, o que incendiava a frustração quase visível daqueles quase garotos. De alguns, me tornei colega anos depois, de outros a única recordação é de suas caras feridas e raivosas esperando pelo momento de beberem o sangue. De mim, lembro do choro engasgado, do sorriso malicioso e de alguns pedaços que ficaram para trás. Lembro de uma tristeza sozinha, num canto qualquer na quadra de esportes. ..."Mas isso era outro mundo. Contudo minha mágoa nunca me fez ver negro que era cor de laranja"... Durante às noites lia a vida de outros e desejava, "um dia, quem sabe, serei outro". Aqui estou. Quem? Qual deles?
"Vou vivendo morrendo, Vou sendo eu através de uma quantidade de gente sem ser, Vou sendo tudo menos eu, acabei". Assim, Fernando que é Pessoa, me arrebata. Não há, nos próximos minutos, porto capaz de me ancorar e nem vela que me ajude a um destino. Se estou à deriva é porque nesse tímido 'acabei' nada me resta, a não ser, o outro. Ele me vijia e no mínimo intervalo, pronto. É ele. De novo inrompendo a camada fria da pele, saindo pelos poros em busca de vida, desejando, uma outra vez, o sol. Nessas indas e vindas, confesso ficar cansado. Trabalho árduo SER. Um ou outro. Um. Outro. "Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim".

25 novembro, 2005

Hoje acordei com a memória de antigos ideais. O que será que aconteceu com eles? Onde será que foram parar? Lembrei de uma cena onde os estudantes caíam numa máquina de moer carne e da maravilhosa trilha de The Wall. A pergunta só fez anunciar momentos outros, onde o que era importante não está mais presente. Digo de um momento específico da minha vida. Caminhos deliciosos de uma fase que não volta mais. Ouvindo a trilha do filme percebi que aqueles momentos foram cruciais na minha vida de hoje. A revolução que hoje necessito é interna e diz daqueles movimentos improváveis que mencionei abaixo. São movimentos de alma, de identidade, que precisam acontecer. Time... Ainda agora posso ouvir o toque do despertador que anuncia a hora de levantar e fazer o movimento. ..."And you run and you run to catch up with the sun, but it’s sinking and racing around to come up behind you again the sun is the same in the relative way, but you’re older shorter of breath and one day closer to death"... Como diz um outro trecho da música não quero esperar por alguém ou por algo que me aponte o caminho. Não quero essa possibilidade; então, que os movimentos aconteçam e que eu tenha fôlego, não para correr da morte, mas para não ter mais a sensação do desespero quieto. Prováveis ou improváveis, a regra é a flutuação. A regra é a não regra como também a regra. Ficar mais velho...sim. De preferência. Mas no fluxo, no movimento, na mão,na contra-mão. Sempre, até agora.

24 novembro, 2005

Façade, John Hilliard

Eu tinha certeza que descobriria o que estava me incomodando... Até agora estou sob o efeito de uma frase. "Movimentos improváveis". É isso.

Em tempos de falta de tempo o que me resta é não perder energia com o trivial.

23 novembro, 2005

A vida está corrida, mas eu gosto assim. Tô de bem, comigo, com a vida, com as coisas que me cercam. Pelo menos por hoje. Amanhã, depois eu penso nele.

17 novembro, 2005

Dias cansativos...Além do cansaço físico-mental, vez por outra uma notícia desafia minha paz e uma tristeza se instala. Não queria que fosse assim, mas não aprendi a evitar possibilidades, a não sonhar, a não querer muito alguma coisa. É isso , sou eu, é a vida.

11 novembro, 2005

Passei a semana querendo voltar para casa. Passei a semana com saudade de abraços, frases soltas, risos largos, carinho... quando chego, nem antes de completar 12 horas, quero voltar. Voltar não, quero ir... Para os braços da Rak, para uma praia distante, para uma cidade maior, que me caiba com minhas indagações, com meus indícios, com minha palavra. A sensação é a de não pertencimento, solidão e de frustração. Quando passei ontem numa estrada distante, por um momento vi uma vida escolhida e encolhida no banco de um ônibus. Vida estreita, apertada. Buracos e mais buracos me mostraram que eu podia cair mais, mas para onde? Do tamanho que estava passaria tranquilamente pelo buraco de uma agulha. A sensação voltou , e hoje me vejo ainda menor, ainda menor...

04 novembro, 2005

O post abaixo é resultado de uma longa espera que poderia ser mais longa, por isso toda a sua incongruência. Vivo agora dias de absoluta vontade de não fazer e uma grande obrigação de. Tenho que! Isso é muitoooo ruim. No mais, hoje tem teatro com amigos mais que queridos, amanhã tem comemoração do aniversário do meu irmão (PORCÃO!), domingo a comemoração continua e segunda embarco para LAVRAS!!!!! Até lá algumas coisas para serem resolvidas...

28 outubro, 2005

Efeito do edital!

Fiquei pensando como seria ter uma vida que não esta, mas com esta consciência. É estranho, por que se não fosse esta, o inconsc também não seria este e aí a consciência (esta) estaria completamente comprometida, não podendo, portanto, estar lá. A outra vida então seria sempre outra. Conclusão: Minha vida é esta mesma-mesmo. Com suas incongruências,(im) perfeições, erros, acertos e todo o Resto que é tão tudo nunca sendo pouco.

21 outubro, 2005

Li uma história em um blog hoje que me fez voltar pelo menos 20 anos ao passado...
Quando era pequeno tinha um cachorro em um apartamento, cachorro pequeno, comprado para 3 crianças e que era a nossa alegria. Lembro do dia em que fomos buscá-lo - é engraçado como algumas lembranças nunca se vão - e do tempo em que ele viveu. Na realidade ele "apareceu" depois que um outro cachorro que tínhamos foi roubado enquanto eu passeava com ele perto de casa. Aconteceu que o síndico que não se dava com meu pai colocou veneno nas escadas.Um dia, ao chegar em casa de um almoço -era domingo, percebi que ele estava estranho, quieto, triste, com olhos distantes... Sabe quando um bicho tem olhos distantes? Eu soube. Saímos para brincar. Nunca corremos tanto como naquela tarde. Por um momento eu acreditei que ele ficaria melhor. Ao voltar-mos para casa, ele começou a passar mal e morreu 3 horas depois, no veterinário, vítima de envenenamento. Eu tinha por volta de 9 anos e não sabia - ainda não sei - como o homem podia ser tão cruel. Foi o primeiro sentimento de perda... Doeu muito e demorou a passar. Um dia, não sei quanto tempo depois, a dor não estava mais lá, mas para minha surpresa, hoje eu a percebi cá. Próxima, exata, inteira... menos dolorida, mas ainda viva, distinta, ímpar. Lembrei daquele domingo, da tarde linda que fazia, do pôr-do-sol, da minha mãe na janela, da falta que ela me faz,do seu sorriso, de que ela era uma parte...Engasguei, chorei. De saudade. Muita saudade. Mas agora não sei mais por qual das perdas...na realidade, sei.

20 outubro, 2005

Na minha urgência de te querer esqueço um pouco mais de mim e assim deixo a cada dia de ser. Alucino sua ausência, tentando desafiar o que sempre se instala que é a tua falta, faz vazio em um vida que seria, se já não fosse não-vida. Embora no aqui, tão distante. Num lugar inacessível, porque a mim não é permitido chegar. Dentro de mim, os sonhos mais doces, sublimes, de uma vida que não pode ser minha, mas que pode ser sua se lá eu não estiver. Essa dor de você não passa, aleija, impede. E assim vou não sendo, não por não ter você mas, sobretudo, por nunca ter tido a mim.

Que dia grande!!!!

19 outubro, 2005


Todo mundo diz que ter piscina em casa é perda de tempo, que o dono nunca usa. Eu concordo, em parte. Realmente não entrei mais de 3 vezes na piscina daqui de onde moro.Apesar dela ser ótima, tenho muita preguiça de ir e também não gosto de água gelada, mas ter a opção de entrar na hora que quiser é outra coisa, por isso digo que não é desperdício ter uma casa. Em dias como o de hoje, ela é quase que fundamental.Hoje o dia está insuportável. Saí da academia morto de calor, não deu outra...cheguei em casa e ela praticamente me obrigou a usá-la. Foi assim mesmo, sem possibilidade de dizer não. Se houvesse...eu não diria.

Eu me antecipo (quase) sempre, mas dessa vez eu me superei... Onde eu estava com a cabeça na hora de escolher o texto para apresentar na aula de hoje? O texto: Curso de lingüística Geral:Uma releitura - Arrivé. Entendeu? O texto na primeira metade é até bom(zinho), mas depois que ele começa com a bendita nebulosa... minha cabeça foi parar nas nuvens, acho que por uma relação associativa. Dizer que eu preferia ter lido o Lacan também não é verdade. Acho que neste exato momento quero tomar coca-cola lá na piscina e uma outra língua para estudar... fui.

18 outubro, 2005

Nasci e moro em Brasília. Não gosto de comparar a cidade com nenhuma outra, até porque Brasília é uma cidade diferente de todas que eu conheci. Gosto da facilidade que tenho de me locomover, gosto da lógica da cidade, dos seus espaços verdes, abertos, e principalmente do seu céu. Desde pequeno estou acostumado com obras de arte espalhadas pela cidade, sendo essa mesma uma arte. Talvez seja essa a grande frustração que tenho hoje em relação à cidade. Aprendi a pensar em Brasília e da mesma forma muitas vezes me sinto afastado da cultura, quando "comparo" com outras cidades. Falo da 29º mostra internacional de cinema em São Paulo. São muitos filmes em cartaz, que na melhor das hipóteses poderei ver um terço daqui há não sei quanto tempo. As coisas que tenho há fazer aqui me impedem de viajar até SP e com isso fico com a minha frustração. Também existe o fato de que não posso correr para SP toda vez que tiver alguma coisa que me motive, assim sendo teria que morar lá, o que não dá para fazer no momento e também não sei se gostaria. Apesar de tudo, ainda tenho grandes motivos para permanecer aqui,embora nos dias como os de hoje até o dia 03 de novembro preferisse estar em Sampa. Como diz a Robeta é o preço que pagamos por termos aprendido a pensar. Viu no que deu?


Barbara Kruger

Malho. Odeio. Odeio não, não gosto. Malho porque o médico mandou, porque meu colesterol está muito alto, porque tenho 28 anos e não quero morrer aos 30, porque não quero ser uma panqueca aos 40 anos, porque quero ter sexo aos 50, porque quero dirigir aos 60 e continuar vivo aos 70. Depois seja o que Deus quiser.

17 outubro, 2005

Depois de um dia de domingo, digamos,turbulento, no fim da noite fui comer com a Roberta e a Denise e enfim a paz voltou ao meu estômago... Um delicioso fettuccine ao frutos do mar, com direito a Brownie e sorvete de creme de sobremesa (divino), e um delicioso Hot dog do Marvin no lugar do café!!!! Foi uma noite ótima, COMPOSTA, num domingo de muito calor e alguns contra-tempos. A conversa foi agradabilíssima e mais uma vez percebi como é bom ter amigos inteligentes, bem humorados e compostos(hahahahahaha).Valeu Beta e Dê pelo convite e pela companhia, sem dúvida alguma, perfeita.
PS: Espero que o seu dedinho esteja melhor...

16 outubro, 2005

Desculpe-me mundo se o que te peço é um pouco de respeito e consideração. Se insisto em colocar o que me aflige e de pedir o mínimo de comprometimento. É uma pena que tenha sido assim, realmente uma pena.

15 outubro, 2005

Barbara Kruger.

Cadê?

Por mais que o É seja, ele sempre será o FOI.
Como tudo é fugidio, como é sempre passado o presente.Como sempre é, de novo, presente. Já disfarçado, já outro. Já o Outro.

Ontem o dia foi especial. Começou com uma excelente aula de taquigrafia, depois de três meses sem pegar no lápis, consegui pegar bem os ditados. A notícia que o concurso vai ser em janeiro também me deixou muito feliz, mas o melhor ainda estava por vir... Fui à livraria cultura comprar um livro que venho namorando há muito tempo, Arte Moderna-Argan, depois de muito pensar, ele não é baratinho, fui ao caixa pagar. Minha surpresa... Na hora do pagamento fui "sorteado" e não precisei pagar nada pelo livro. Isso mesmo, ele foi de GRAÇA... Pela primeira vez na vida, ganho alguma coisa que vem por sorte...
De noite fomos comemorar o aniversário do Alex... Ele nos presenteou, no dia do seu aniversário, com sua cia e com um delicioso jantar no japonês...Valeu Alex, há muito tempo não me divertia tanto...
A noite acabou entre um planeta e outro. Muitas sensações (re) conhecidas, muitas lembranças de uma época bastante diferente, mas acima de tudo, muita risada e experiências que para sempre serão lembradas. Não sei dizer ao certo por onde eu flutuei ontem, sei que tive medo de não voltar de todos os lugares que conheci dentro de mim... Falamos sobre tudo e sobre o nada... (Difícil esse nada né Edu?) Rimos muito de nós, dos outros, e dos nós-outros.Lembrei, lembrei e lembrei...de quanta coisa boa, de tantos amigos bons, de que o agora é muito caro para ser desperdiçado!!!!!

13 outubro, 2005

Quantas vezes recebi um presente pelo correio? Acho que foi a primeira vez. Cheguei em casa hoje de manhã e para minha surpresa havia um pacote sem rementente na portaria. Para minha felicidade um livro de Gustav Klimt, autor do maravilhoso O Beijo e tantos outros. Não tenho certeza, mas só uma pessoa poderia ter feito isso... Vou me certificar e depois revelo o nome do meu noel de outubro.

12 outubro, 2005

Para amar tem que se deixar/

viajar, cair, contrair/

tem que se deixar/

Doar, respirar, flutuar/

somar, multiplicar, achar/

juntar,ouvir, se ouvir/

se perder, se encontrar.



10 outubro, 2005

São 23:00 horas e faz tanto calor em Brasília que me lembrei quando estive no Cairo. Ao sair do aeroporto em direção ao hotel, passamos por palácios lindos até entrar na cidade "propriamente dita". Muito calor. As pessoas, em sua maioria, estavam do lado de fora de suas casas para se refrescarem. E assim andamos por mais ou menos 30 km vendo a população através de um ônibus de luxo com o ar condicionado "no último". Não sei porquê...me lembrei de lá. De uma viagem que foi ótima em todas as suas dimensões. O Cairo é uma cidade maravilhosa. Apesar da pobreza, seus habitantes são maravilhosos, a comida deliciosa e o mercado egípcio é qualquer nota. Me lembrei de alguns amigos de viagem...e como eramos amigos!!! Logo depois, muitas mudanças fizeram com que fossemos por caminhos muito diferentes...Fizemos escolhas arriscadas, mas acho que sobrevivemos todos muito bem. Não costumo ser nostálgico em dias de calor, mas hoje foi inevitável.Espero voltar ao Cairo breve,agora com outra companhia, espero também que chova logo em Brasília...

Voltei para a taquigrafia hoje depois de três meses parado e senti a velha dificuldade... A velocidade!!!! Minha mão doeu,esqueci várias convenções,enfim, foi terrível. Depois de taquigrafar 130 ppm voltar para 105 e não conseguir é bem complicado, mas vou me esforçar para superar os limites... O limite, este antigo.novo e sempre personagem da vida, se não de todos pelo menos da minha. E como é difícil lidar com ele e com suas várias facetas que se apresentam sempre em um momento de expectativa, vontade, desejo. Não adianta, é tentar dar conta de não dar conta e não esquecer que ele re-apareçe (sempre) depois da curva.

07 outubro, 2005

Tenho que confessar...conheço a poesia da Florbela Espanca há algum tempo, mas de uns dia para cá ESTOU AMANDO suas doces e melancólicas palavras, as vezes difíceis de serem lidas, mas com uma verdade que, em tantas outras vezes, me sufoca. Realmente não é fácil ouvir sobre solidão, morte, dor e perdas, mas Florbela é mestre na arte de traduzir e nos emocionar com esses temas.
Eu sou


Eu sou a que no mundo anda perdida
Eu sou a que na vida não tem norte
Sou a irmã do sonho e dessa sorte
Sou a crucificada, a dolorida
Sombra de névoa tênue e esvanecida
e que o destino amargo, triste e forte
Impele brutalmente para a morte
Alma de luto sempre incompreendida
Eu sou a que passa e ninguém vê
Sou a que chora, triste, sem o ser
Sou a que sofre sem saber por que
Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou.
Florbela Espanca

Tô bem sumido daqui. Não é falta do que escrever, é preguiça mesmo. Tenho lido tantas coisas que fico sem saco de pensar, mas hoje me deu saudade daqui. O final do mês de setembro foi bem agitado. Visitei lugares pela primeira vez(que festa boa), Reencontrei pessoas especias e outras nem tanto. Vi o Marco jogando Flipper(uma cena imperdível), fui a festas, me diverti, gastei(muito), voltei para a academia, voltei para a taquigrafia, e aí...outubro começou. O que será que virá??

27 setembro, 2005

O que é normal???

COME WHAT MAY

I WILL LOVE YOU

UNTIL MY DYING DAY

24 setembro, 2005

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!


Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que já é tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
É mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca


Esta semana fui surpreendido pela obra do talentoso Anish Kapoor. Ainda não sei exatamente ao que ela me remeteu, mas por hora contento-me em só admirar seu talento. Sem dúvida alguma uma das maiores surpresas nessa semana.

21 setembro, 2005


Esta semana começou como a outra aqui em Brasília...um calor que ninguém merece. Me lembrei da Balla que dizia que não suportaria mais uma seca no cerrado... ela estava certa. Tem feito dias terríveis. Ninguém mais agüenta, mas a história é velha. Daqui há alguns dias vou estar aqui reclamando da chuva... Brasília é assim, nós também!

17 setembro, 2005

..."e as lágrimas que choro, branca e calma,
ninguém as vê brotar dentro da alma!
ninguém as vê cair dentro de mim!"
Florbela Espanca

Se o objetivo de algumas disciplinas é também produzir ecos, as aulas de quarta e de quinta feira conseguiram. Estou inquieto com essas novas possibilidades de aprendizado que se abrem e me sinto de novo como se estivesse começando. Agora com um pouco mais de conhecimento em relação à algumas pequenas coisas, mas não menos amedrontado e estimulado. Espero que o Gombrich me ajude!!!!!

15 setembro, 2005

repre, o quê?

Duchamp.Fontaine.1917

Como diz minha amiga Roberta " Fala sério"

Tudo foi tão imediato que não deu para avisar, para esse outro em mim, das verdadeiras intenções daquele quase diálogo. Fiquei por um momento prestes a te abandonar, mas também eu seria abandonado. E o que restou foi uma incerteza de como será daqui para frente. De alguma forma, mágica talvez, não a tinha percebido grande e era como se eu também não tivesse crescido. A verdade faz com que abandonemos nossas mágicas, ilusões. Há muito somos grandes nessa Terra de não mais faz.de.conta, abandonados pelos amigos da lâmpada e entregues às nossas verdades. De certa forma me sinto mais livre, mas ao mesmo tempo com receio de ter perdido um lugar que era bom imaginar que existia. Fico aqui tentando não perder as esperanças de que ainda te tenho guardada nos meus mais belos sonhos, onde as verdades não separam, mas possibilitam novas descobertas tão saborosas quanto as ilusões perdidas.

06 setembro, 2005

Em alguns momentos gostaria de ser tão bom com as palavras como Sylvia Plath, Ana C., Caio Fernando Abreu ou Fernando Pessoa. Por muitas vezes elas me escapam e aí eu não dou conta. Gostaria de poder silenciar o grito e re-dimencionar a dor... De me doar mais, menos. De poder ver sem esse filtro inseparavél que sou eu.

31 agosto, 2005

Não foi sempre assim, digo, não foi sempre desse jeito que ela se pronunciou. Com tanta avidez, necessidade, urgência. Às vezes eu pensava que era só uma questão de enfant, mas descobri que no adulte ela piora. Sim estou falando da ansiedade. Aquela coisa terrível que se apodera de nós como se tivesse vida própria e faz o nosso corpo se espatifar, girar, e cair em algum lugar mesmo que não seja macio. Hoje é um dia daqueles... Uma noite daquelas... Onde a expectativa do amanhã toma conta do hoje e não ajuda a funcionar nenhum dos dois. Eu sei... Deveria re-mediar, mas agora simplesmente não sei, nem o como nem o por quê. É a necessidade mais uma vez subvertendo a lógica e me mostrando que o EU, aquele outro irremediavelmente faltoso, não é senhor de si. Queria uma rede, uma praia, um silêncio, um colo...

24 agosto, 2005

Eu sou a pedra onde se diz adeus,/
confluência de encontros,palavras/
e soluços ainda não gravados/
Eu sou o silêncio em que se consuma/
o gesto final e a partida/

Uma das minhas mãos está voltada/
para onde a noite nasce/
e os passos iniciam/
o rude trajeto da memória./
Eu sou a solidão da madrugada/

A outra mão está voltada/
para o país onde as coisas/
já se petrificaram./
Aí surgiu o primeiro gemido/
e o espasmo da primeira sombra./
Inutilmente podereis gritar ante um inferno povoado/
de tantas estátuas./
O meu próprio desespero é inútil/
e contínuio eterno/
com os olhos de mármore./Lúcio Cardoso

"Não se pode escrever sem a força do corpo.É preciso ser mais forte do que si mesmo para abordar a escrita.É uma coisa gozada sim.Não é apenas a escrita, o escrito é o grito das fera noturnas,de todos, de você, e eu, o grito dos cães.É a vulgaridade maciça, desesperadora,da sociedade." Marguerite Duras

18 agosto, 2005

Eu. Como uma palavra tão pequena e usual é tão avassaladoramente incompreensível.

16 agosto, 2005

Mais ou menos recuperado do susto de ontem, sobrevivo. Ainda frustrado mas confiante que alguma coisa boa vai acontecer. Não vou desistir. Mas que a criatura poderia ter sido menos antipática, ah! isso poderia!

12 agosto, 2005

Te amo.

Saudade... muita saudade!!! Falar com você foi como viver uma vida em minutos. Não falamos sobre nada em específico, mas só de ouvir sua voz... queria estar aí com você. Certamente não iríamos direto para casa, o quê dificultaria um pouco o seu dia amanhã. Talvez fossemos passear de carro, andaríamos por vários bairros, ouviríamos nossas músicas... E você me daria aquele sorriso que eu adoro. Tiraria uma foto. Iríamos comer no fim da noite, ou no início da manhã... é tão bom ficar com você. Passei perto da sua antiga casa essa semana. Lembrei de nós. De um tempo onde as descobertas eram encaradas como sucesso e não muito como feridas. Lembrei da farofa, da cama de casal, dos quadros, da sua mãe, da sua irmã. Tanta coisa mudou. E nós, onde estamos? Você está aí, mas também aqui. Nas lembranças, na ausência do perfume, no sorriso, no aprendizado, na amizade, no amor. Queria um carinho seu esta noite...

11 agosto, 2005

Que venha o estudo!


O conceito de estrutura e o estatuto do inconsciente, esse é o nome do grupo de estudos do qual faço parte no percurso psicanalítico. Saussure,Arrivé,Benveniste,Jakobson, Lévi-Strauss e é claro Lacan e Freud irão me acompanhar durante o semestre. Já na UnB, a matéria chama-se Estudos da subjetivação e a bibliografia deve ser no mesmo nível. Linguística, semiótica, psicanálise... quer melhor? Eu, não!

09 agosto, 2005

Enfim, agosto. E com ele a possibilidade de (re) começos. Desisti de continuar evitando, meio displicente(será?). As possibilidades estão aí, mais uma vez. Fiz as inscrições, e de uma maneira que não sei bem explicar como, me sinto dono de mim e do meu destino. Até quando? Jeito complicado esse de viver. Já deveria ter dado conta. Mas como é que se dá conta, da vida... sempre ela. Me empurrando, dilacerando, abrindo portas...possibilidades. Bom, amanhã começa. Estou na expectativa. Tenho tido sonhos estranhos, bons. No de ontem eu estava lá. defendendo. Foi um sonho de esperança, de desejo. Ah! Freud, sempre tão perto, tão atual.

07 agosto, 2005

Ela sempre quis o amor. Ele chegou, mas ela não viu.

28 julho, 2005

Para você em algum lugar de São Paulo...


Dedico este dia a você. De qualquer jeito, de qualquer maneira, você é grandiosa. Grande em todos os sentidos. Quando te conheci soube no primeiro momento que um dia nossas “almas” (nosso inconsciente?) iriam se conectar. Foi assim. É assim. Além de toda admiração que tenho pelo seu intelecto, admiro sua força. Embora com medo, corajosa. Determinada. Sei como deve ser difícil para você fazer esses movimentos, principalmente quando não se sabe para onde se vai. Mas também sei que em um tempo, no qual não sei precisar, esse movimento terá sido valioso.Você sabe disso, em algum lugar, aí dentro, você sabe.Não se angustie tanto. Tudo será... Lembrei-me de uma frase “Não existe tempo tardio para se fazer uma análise”. Não existe tempo pronto, não existem emoções prontas, não existe amor pronto. Assim é. Todos os dias uma nova construção. Que as suas escolhas te levem para lugares lindos, mesmo que possam ser tantas vezes dolorosos, angustiantes.
Estarei aqui, torcendo, acreditando, sofrendo, rezando, orando... Desejando-te o melhor! Amo-te e te beijo.

26 julho, 2005


..."Você sabia, eu falei, que o figo não é uma fruta mas uma flor que abre para dentro?"
Caio Fernando Abreu


Entre uma leitura e outra, me lembro de como era (bom?) imaginar o amanhã. Aquela outra vida ficou para trás, entre uma remota lembrança e o “ainda bem” de agora. Prefiro esta. Mais humana, mais inteira, mais minha. Sem urgência, mas com uma certa desorganização que chega a beirar a loucura a qual me escapo por não ter certezas, promessas, e sim a vida, que é esta.

22 julho, 2005

“... não quero esse mundo feito de coisa...”.
A paixão segundo G.H. Clarice Lispector

20 julho, 2005

A tatoo já não dói mais, a conjuntivite passou e não me lembro dos outros traumas. Estou bem, sinto-me bem. Mas é só isso, estar bem? Será que existe um momento onde SOMOS FELIZES? Tenho me questionado ultimamente sobre isso. Estou lendo um livro, Notas do subterrâneo – F. Dostoievski –, onde ele trata dessas questões. “... mas como se explica que também ame (o homem) tão apaixonadamente a destruição e o caos?” Pode o homem ter prazer com a dor? Atendo no consultório pacientes que escolhem a dor, se beneficiam e promovem, em si mesmos e nos outros, destruição, angústia e dor. Ela funciona como linguagem,como símbolo. O que me escapa é que façam dela o seu “palácio”, enquanto outras possibilidades são... Muito embora eu saiba que tantas outras possibilidades não são...Eu sei que isso é bem louco; optar pela dor... É uma opção? Ou é um destino nos moldes da tragédia de Édipo Rei? Onde se situa a necessidade, a impossibilidade e a escolha? Vejo pessoas que julgam e imediatamente já situam as suas posições. Existe o intermédio. Existe o ENTRE! Não é só essa força neurótica que obriga, manda, e retira o desafio de se re-inventar. Às vezes é preciso não dar conta, às vezes pode-se não dar conta! Não quero fazer uma conexão com a dor, mas não afasto a contradição, as incertezas. Quero correr riscos, e me desafiar na correnteza do desconhecido, do mutável, do fantástico. Não quero o caos, também não quero a lógica, o rígido, o eterno, o fim... Quero trafegar no entre e poder construir, ou re-contar, uma história que norteia tanto o tangível quanto o infinito.

16 julho, 2005

Hoje não vou escrever. Fiz uma tatoo no pulso que me impossibilita até de pensar. Está doendo muito!!!!!

15 julho, 2005

E essa vontade desesperada de saber quem sou...
Queria acordar um só dia sabendo.

14 julho, 2005

São Paulo

VALE A TORCIDA DE TODOS...

O real valor do crime

Não gosto de creditar culpa às pessoas antes da hora,e acho que TODOS têm realmente o direito de se defenderem.Acontece que un$ têm mais que os outros e isso é por todos sabido. Ontem me indignei. Não pelo fato da DASLUZET "ter" sonegado os impostos e ser inquirida em mais três ou quatro acusações. Fiquei com raiva dela ter saído para a delegacia dentro do carro do delegado,enquanto por muito menos milhares de pessoas no Brasil vão sim no camburão, mesmo em ocorrências até mais leves. Não quero que a "pobrezinha" passe pela vergonha popular, porque seria pior ainda. Imagine as socialites paulistanas levantando seus lenços Loui Vitton brancos na porta da delegacia e gritando palavras de ordem do tipo:"POR FAVOR SOLTEM NOSSA RAINHA",enquanto se desesperam por não mais poderem comprar seus vestidinhos que chegam a custar R$30.000,00.Mas não é só no Brasil...Os ricos,brancos,heterossexuais,ainda são a cara do mundo atual,embora nem sejam tantos assim.De outra forma, as pessoas do mundo todo estão consternadas com o fato de vários ingleses terem morrido no último ataque.Também sinto muito. Não tenho nada contra eles e nem pelo seu país, mas todos os dias dezenas de pessoas morrem no Iraque,na África e no Brasil, e não vejo nenhuma matéria jornalística,nenhum presidente ou líder fazendo discursos solidários, nenhuma flor sendo depositada em seus túmulos, porque muitas vezes não existe túmulo. O que sobra de tudo isso? Grana!!!! Nos dois casos é o poder financeiro que está em jogo.É a fome de ganhar mais,de ter mais,de conquistar mais.É o descaso com o outro,com sua necessidade,com sua existência. Desculpem- me DASLUZETES E INGLESES, vocês não têm culpa. Somos nós mesmos os maiores responsáveis por nossa desgraça. Nossa omissão,covardia e ilusão não nos deixa lutar por justiça, aliás ,onde será mesmo que ela está?

09 julho, 2005

A solidão do EU

"Eu não sou EU, nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio..." Mário de Sá-Carneiro

Do nascimento à morte somos seres solitários.A solidão que amedronta, apavora e que cala. Falo de solidões.
Há a singularidade do ser humano que o impossibilita de ser dois. Ser um é ser só. A solidão surge na cisão, na diferenciação, no momento ímpar de se tornar Eu. O Eu decide, escolhe, ama, mata. O Eu decide no momento “do nós” e até pelo nós, mas ele é sempre um. O Eu se empresta, mas ele nunca se dá. Ele compartilha, mas nunca se funde. Cindido ele é ferido.A solidão de ser só, é diferente de ser um, inteiro, integro. Falo também da solidão de estar só. Esta é diferente. Ela se situa no outro, ou melhor, na ausência desse. Estar só, sozinho, solitário é muitas vezes não ter o outro, sua companhia, sua fisionomia. O outro muitas vezes é o depósito da nossa necessidade, da nossa vontade, do nosso desespero.Quando muitas vezes, pede-se licença para existir e desculpas por ser. O outro se torna meu, se torna Eu. O ciclo recomeça. Se eu falo de solidão, falo da necessidade inexata de encontrar o eu escondido ou camuflado dentro de nós. Escondido muitas vezes pelo outro que nos forma, que nos mostra, que nos aponta, que nos aprisiona. O outro que sou eu, que é você. Quando SOMOS, digo, quando o Eu é, ele não receia em estar sozinho, ele não se amedronta com o hiato. Quando há EU, a solidão não é inimiga, não se corporifica como o mau. Ela é, assim, solidão, mas não morte.

08 julho, 2005

De volta, mas...

Cheguei de Lavras depois de uma noite cheia de infortúnios.Para variar,tivemos que trocar de ônibus, às 3:00h,em meio a gritaria de uma alucinada que jurava estar em plena luta pelas DIRETAS JÁ! Ela começou o seu alarde 1:00 e não parou mais até a chegada em Brasília.Eu não merecia.Não depois de trabalhar muito,ouvir muito e não descançar nada.O trabalho em consultório as vezes é bem desgastante. São tantas pessoas, e suas demandas, que fica praticamente impossível não se desgastar um pouco,um tanto. E eu com as minhas. Depois de gripe e conjuntivite,agora é o fígado que não está bem, e junto dele, o colesterol resolveu fazer um passeio pela órbita da terra e segundo um especialista vai demorar, no mínimo, trinta dias para voltar,sem falar num tal de triglicérides que se juntando ao ácido úrico ficaram com inveja e resolveram ir mais longe,quem sabe para outras galáxias? Pelo visto, meu organismo que sempre foi tão responsável, resolveu pedir "arrego" e tratou de fazer greve de funcionamento.Agora é sentar, relaxar, e passar um mês lendo bastante,assistindo a vários filmes,comendo todos os verdes que eu puder, ou der conta, malhar, e se der (???) ser bem paparicado, porque ninguém é de ferro.Eu descobri que NÃO SOU!!

04 julho, 2005

Foto:S.Freud by Andy Warhol

Dia de Lavras...

Hoje acordei com aquela vontade,não mais estranha,de não querer ir! Sabendo porém que, depois de 12 horas dentro de um ônibus,estarei bem,feliz,realizado.Gosto de Lavras,do trabalho,da psicologia.O que detesto, cada vez mais, é o ter-que-fazer.Vou,mas volto.Eu sempre volto!!

02 julho, 2005

Eles me colocaram no caminho e me ajudaram a chegar até a porta de entrada.É verdade: entrei porque quis! As primeiras salas eram lindas,livres!Um misto de cores,formas,sensações, invadiu o meu espaço e me fez perceber que aquele era o meu lugar.Um lugar inexplorado,imaculado.Uma terra onde Homem-aranha vira Robin e o sítio do pica-pau amarelo está dentro do lustre da cozinha.Onde há, não só um grilo falante, mas centenas deles, dentro da piscina.Onde as fogueiras são mais altas,os adultos são heróis e tudo o que se deseja é viver alí para sempre,ou pelo menos levar o alí para qualquer outro lugar. Bolhas de sabão,patins,piscina,presépios,festas,bedtime stories,principalmente histórias.Mesmo assim existiram momentos de dificuldades e procurei pela saída.Já não tinha como.A volta era um caminho longo demais.Prossegui. Muitas vezes dizendo a mim mesmo que essa era a melhor escolha.E foi. A sexta sala era grande demais.Muitas portas,nenhuma saída.Desconhecidos conhecidos habitavam o fantástico cenário de cores indefinidas,estranhas,fechadas.Doeu e como doeu.Não na carne.Era a primeira vez que a alma sofria.A primeira de muitas.Quando a alma sofre chega-se a perder a esperança.Eu perdi.Pelo menos naqueles dias.A sexta sala era grande demais!Tomou conta de vários outros cômodos,mesmo que completamente distintos.A dor ainda estava lá,disfarçada de raiva e melancolia que teimavam em se instalar.Vieram outros desconhecidos,mas a alma,esta já havia sofrido o impacto só comparado a uma explosão nuclear.Não havia saída possível,lugar seguro,pessoas seguras. Durante muito tempo eu fiquei lá,com a "des-esperança",com a solidão,a urgência,a vingança e a violência.

01 julho, 2005

"... Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido, até meus exércitos sonhados sofreram derrota ..."

"...Outra vez te revejo, com o coração mais longínquo, a alma menos minha ..." Fernando Pessoa

Foto:Nina Jacobi

Germes e vermes

Agora que estou um pouco melhor,consigo falar no assundo. Não fazia exame de vista há mais de 5 anos, uma vergonha para alguém míope! Resolvi procurar uma clínica, fui para aquele suplício. Lembrei o porquê de ter demorado tanto a voltar: ODEIO DILATAR PUPILA. Bom, nem foi tão ruim assim perto do que me esperava! Quatro dias depois o médico pediu que eu fosse fazer um teste de lente de contato, uso lente há mais de 15 anos mas, mesmo assim, eu fui. O teste foi um fracasso, a lente estava antiga e não resolveu o meu problema,pelo contrário, me causou um. No outro dia, acordo e ao me deparar com o espelho quase caio duro. Meu olho direito estava num estado lastimável. Não queria acreditar,mas já sabia o que era e de onde tinha vindo aquilo. Voltei à clínica e o diagnóstico:CONJUNTIVITE. O médico tentou amenizar dizendo que se tratava de uma forma alérgica, mas que era sim devido à lente de contado daquele maldito teste. Uma semana depois, e a minha irritação aflorada(quem me conhece sabe do que estou falando), acordo com o outro olho infectado! MARAVILHA,ALERGIA AGORA PEGA!! Voltei ao médico e agora o problema não era mais alérgico e sim VÍRUS!!! Dessa vez exigi que ele me desse o remédio,mas o estrago já estava feito. Milhões de vírus nos meu olhos,vindos sabe Deus de onde! Resultado: 10 dias de martírio, muita raiva,indignação e dois finais de semana sem sair de casa!!!

30 junho, 2005

Santa curiosidade!

Não sou taurino, mas sou teimoso como um! Além de teimoso,curioso. O que me permitiu fazer algumas pequenas modificações no blog. Ainda não está do jeito que eu imaginei, mas melhorou bastante! A curiosidade sempre foi uma uma das minhas maiores(não melhores) características. Sou curioso desde sempre, assim, conheci algumas coisas... descobri novos espaços, fui em busca de respostas, por mais que essas me levassem a mais perguntas. Ainda hoje pareço uma criança de 4 anos(a idade do "por que?") Quando era pequeno lembro-me de nunca ficar satisfeito com uma simples resposta. Minha mãe se irritava com as muitas perguntas feitas no mesmo espaço de tempo. Hoje começo a admitir que existem respostas simples! Mas elas ainda não me satisfazem. Não sei ao certo, mas acho que aprendi a gostar de coisas complicadas,enigmáticas. Será que algum dia vou parar de pedir explicações que vão além da minha compreensão? Como por exemplo como fazer para colocar uma foto junto ao título deste BLOG!!!!

Estou quase enlouquecendo!!!!

Nem bem dei o "start" e já estou pensando em parar!!!! odeio ter que formatar as coisas. Não sei(e não consigo) fazer com que isto aqui tenha uma aparência melhorzinha e não tenho a menor idéia para quem vou recorrer. E eu que achei que o mais difícil seria escrever!! Enquanto não descubro uma forma, ou a fórmula, de deixar este blog esteticamente melhor,padecerei!


Histórias para contar...
Enfim,me rendi. Resolvi tomar coragem e escrever um blog. Muitas dúvidas surgem nessa hora,se vou conseguir escrever, se as pessoas se interessarão,se vou ter paciência para continuar e a maior delas: POR QUE ESCREVER UM BLOG?
Eu amo histórias! As minhas, as dos outros, as que não aconteceram e principalmente as aquelas que ainda estão por vir. Este é um blog de histórias, interessantes ou não, alegres, tristes, pequenas ou grandes.Não importa o seu formato ou o seu conteúdo.São... HISTÓRIAS!