30 julho, 2006

Gustav Klint
O Beijo

É impossível não amar você. Lembro que quando te conheci minha linguagem foi um sorriso, assim meio sem querer atingir um alvo maior, mas suficiente para fazer parte de uma lembrança que poderia voltar como retribuição. Uma dia o sorriso devolveu um olhar, para logo mais se transformar em abraço, carícias, devoção. Depois de um fim de semana as palavras já eram insuficientes e eu tentava desesperadamente os superlativos. Descobri com você que o amor pode se comportar no espaço pequeno, do quarto, do coração. Ele não precisa, necessariamente, estar na sala de visitas ou no mundo todo. Descobri que posso amar e não precisa ser muito, basta ser do tamanho ideal que te conforme e não te faça desaparecer. Para mim é assim. O amor não pode subtrair o outro, embora ele se ache na gente não nos exclui para só ele nascer. Me vejo hoje pelo reflexo que sai de você. Confesso que busco mais que reflexos, mas hoje posso entender que eu não estou em você, mas no intervalo entre o que se revela e aquilo que se esconde. Assim, não preciso mais me buscar em você, embora nem sempre a multidão que habita o mesmo corpo concorde com isso. Tenho tentado calar os comigos, fazê-los expectadores pacientes do desabrochar daquele que escolhi para atuar, mas nem sempre é possível calar multidões, é preciso negociar, e muitas vezes o preço a pagar é bastante grande. Ontem o amor doeu como ferida aberta. Percebi que tentei muitas vezes não amar você, fico feliz por não ter conseguido. Você está aqui mesmo que não queira. Mas ainda assim o amor doeu. Acho que porque ainda está vivo, porque quer sempre renascer, porque não pode ser sem você, porque é maior que as outras vozes, porque você é você, porque não quero que ele acabe, porque é impossivel não amar você.

25 julho, 2006

"Às vezes parecia que, de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo,teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:faríamos floresta do deserto e diamantes de pedaços de vidro.Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente,quase parecendo te ferir.Não queria te ver assim -quero a tua força como era antes.O que tens é só teu e de nada vale fugir e não sentir mais nada.Às vezes parecia que era só improvisar e o mundo então seria um livro aberto,até chegar o dia em que tentamos ter demais,vendendo fácil o que não tinha preço. Eu sei - é tudo sem sentido. Quero ter alguém com quem conversar,alguém que depois não use o que eu disse contra mim. Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui e com a minha própria lei.Tenho o que ficou e tenho sorte até demais,quando sei que tens também..."
Renato russo

19 julho, 2006

É curioso. Tanto tempo fechado e ainda sem estar aberto. Mas de qualquer forma aqui. Tempo de coisas boas, expectativas, ambições, conquistas. Hoje de novo sem escuta, contudo sob velhos-novos impactos que não demorarão a retornar. É só um tempo e eu espero que seja curto.
Novidades...
A viagem está chegando. Agora só faltam 2 meses e sete dias que vão demorar a passar. O roteiro já está quase pronto. Eu em súplicio e os meus companheiros de viagem tendo que me aguentar, e como ainda terão.
Acho que voltei, pelo menos hoje.