25 outubro, 2006

Andei por terras desconhecidas e achei o desconhecido em mim. Um "estranho" Freudiano. Foi como despencar em um abismo sem redes de proteção. Cai de uma altura que não me permite voltar, mas que me fez renascer numa outra atmosfera. Acho que o sapo comprado em algum lugar do velho mundo revela a necessidade de ser anfíbio e poder circular entre mundos diferentes. Posso andar, nadar, rastejar, voar. Só não posso mais ser o que era. Um dia andando por um bairro chamado "gótico" tive a nítida sensação de que já havia estado ali. Uma daquelas impressões que não sabemos explicar mas que nos marcam de uma forma brutal. A mesma sensação me invadiu ao ver uma "vitória" que voa acima da cidade. Descobri sombras em mim. Restos. Aquilo que não sei nomear e que pulsa ora como som, ora como silêncio. Eu que pensava tirar férias me vejo agitado de novo. Agora agitado de vida, de expectativas , de desejo, do novo. Correr riscos é fazer marcas. Hoje sou traço de tudo que vi e que ainda, um dia, será desenho.