24 agosto, 2005

Eu sou a pedra onde se diz adeus,/
confluência de encontros,palavras/
e soluços ainda não gravados/
Eu sou o silêncio em que se consuma/
o gesto final e a partida/

Uma das minhas mãos está voltada/
para onde a noite nasce/
e os passos iniciam/
o rude trajeto da memória./
Eu sou a solidão da madrugada/

A outra mão está voltada/
para o país onde as coisas/
já se petrificaram./
Aí surgiu o primeiro gemido/
e o espasmo da primeira sombra./
Inutilmente podereis gritar ante um inferno povoado/
de tantas estátuas./
O meu próprio desespero é inútil/
e contínuio eterno/
com os olhos de mármore./Lúcio Cardoso

Um comentário:

Anônimo disse...

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[]'s
Alexandre