31 agosto, 2005

Não foi sempre assim, digo, não foi sempre desse jeito que ela se pronunciou. Com tanta avidez, necessidade, urgência. Às vezes eu pensava que era só uma questão de enfant, mas descobri que no adulte ela piora. Sim estou falando da ansiedade. Aquela coisa terrível que se apodera de nós como se tivesse vida própria e faz o nosso corpo se espatifar, girar, e cair em algum lugar mesmo que não seja macio. Hoje é um dia daqueles... Uma noite daquelas... Onde a expectativa do amanhã toma conta do hoje e não ajuda a funcionar nenhum dos dois. Eu sei... Deveria re-mediar, mas agora simplesmente não sei, nem o como nem o por quê. É a necessidade mais uma vez subvertendo a lógica e me mostrando que o EU, aquele outro irremediavelmente faltoso, não é senhor de si. Queria uma rede, uma praia, um silêncio, um colo...

2 comentários:

Anônimo disse...

A ansiedade é algo curioso, ela transforma as coisas simples em confusões internas que fogem ao nosso controle. As vezes penso que o melhor da vida é apenas cultivar coisas simples, à maneira do Petit Prince de Exuperie..., para enxergarmos o valor das coisas que nos cercam de uma maneira mais positiva.

Binho disse...

Tu tá sumidooooooooooooo...