14 fevereiro, 2007

Hoje me surpreendi com a data: 14 de fevereiro. Acho que não queria saber do tempo, dos dias... Não queria saber que tenho contas a pagar, textos para estudar, pacientes para atender e mais algumas infinidades de obrigações. Não queria ter obrigações. Hoje, o que eu queria mesmo era poder sentar no chão de algum lugar familiar, ver fotos antigas, contar histórias e me saborear com as histórias de uns poucos queridos que gostaria estivessem por perto. Poderia ser de dia ou de noite, tanto faz, nessas horas o tempo não conta. O que importa é o gosto do amor que a gente leva junto. Importa poder estar perto, de pé no chão, música no som, memórias no ar. Queria poder deitar minha cabeça no colo de uma amiga querida que hoje dorme sob a proteção de um santo chamado Paulo. Queria nós dois em algum lugar longe desta poluição de incertezas, desta algazarra de impossibilidades. Queria ouvir o seu riso... ele para mim é música. Penso em nós, assim a tristeza desaparece e o que se anuncia é contagem regressiva.

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