15 abril, 2006


“Não conseguimos desembarcar de nós mesmos” Bernardo soares



Espio a vida por entre frestas. Que bom seria se ela me tivesse sido dada, emprestada, negociada, ou qualquer outra possibilidade que me permitisse vê-la sem um espelho a decifrá-la. Daqui de onde observo vejo metade de tudo, metade do mundo, metade da lua que para mim é sempre minguante. Assim também eu minguo, desapareço entre as luzes que chegam a brilhar nesse pequeno espaço que chamo meu. Ouço risos das festas que não participo, vejo sombras de corpos juntos, bebo em copos vazios e ouço silêncio por onde me espremo. Aqui, aquilo que se mostra é ímpar. Existe menos de um neste canto, neste pranto, nesta noite.

Foto: Fabrício Lima - Tiradentes - Abril/06

6 comentários:

Anônimo disse...

Cada vez mais eu adoro esse espaço. O que escreves é absolutamente lindo!!

Binho disse...

Acho que tem se tornado cada vez mais necessário. Também eu apareço por lá e gosto sempre.

Anônimo disse...

Hermano! Veo que poquito a poco te vuelves en un trotamundos! Qué buena la vida esta de viajar a todos los sítios sin hora para volver...Qué te vayas bien amore! Y que saques muchas fotos tán encantadoras como estas para que pondramos estar juntitos a cada parada!

Binho disse...

hehehehehehehehe...Pode deixar. zilhões de bejos

Anônimo disse...

Nerito, sempre gostoso ler e reler as coisas aqui escritas ou simplesmente transcritas, sempre gostoso mesmo!!

Anônimo disse...

Cozinheiro!!!Vc por aqui? Que saudades Hermanito Maeng !